LEONARDO BOFF É UM ENTREGUISTA DELIRANTE

Na quinta-feira, dia 23 de Junho, o teólogo da libertação Leonardo Boff defendeu que o discurso nacionalista presente na defesa da Amazônia como brasileira é "retrógrado" e não atende interesses do planeta. Segundo o "pensador", a Amazônia é da humanidade e "deve ser internacionalizada e ter gestão global". O mesmo Boff também disse que Lula fará um governo radicalmente à esquerda, apesar de falar em tons reconciliatórios... "Malandro é malandro, mané..."

Para piorar o que dificilmente poderia passar de um deboche imperialista, um delírio subserviente, quando confrontado por Ciro Gomes sobre a questão e a sugestão de ler Mangabeira Unger, Boff respondeu ao candidato do PDT com Immanuel Kant, um dos pilares filosóficos de toda a decadência liberal que se manifesta desde o advento da modernidade.

Há muito tempo que Leonardo Boff vive de opiniões que estão antes para devaneios líricos ao som de Imagine do que posicionamentos conscientes sobre qualquer coisa, como quando afirmou que a Terra (Gaia) é quem venceria o capitalismo. Piora a situação que tal opinião tenha sido reverberada na Revista Fórum, cujos posicionamentos políticos não passam de um simulacro do esquerdismo mais tacanho. 

Mas essa é a face de uma esquerda que há muito defende a internacionalização de territórios para solucionar uma série de problemas, dos conflitos étnicos aos ambientais. A internacionalização de territórios caminha ao lado da desterritorialização de etnias e povos, com a promoção da migração irrestrita permanente, o reconhecimento de povos sem território, a criação de nações puramente virtuais e formais, etc.

A ignorância de Boff não tange tão somente aos problemas de uma governança global sobre a Amazônia, quem exerceria esse poder e por quais motivos. O caráter nefasto desta proposta já foi extensivamente divulgado e não resta dúvidas de que se trata dum projeto imperialista.

O maior problema é como ele insiste em afirmar que nosso povo — e a América Ibérica de modo geral — seria incompetente demais para lidar com os recursos amazônicos. Um espetáculo de subserviência colonial à "comunidade internacional" do G7. Se perguntado, Boff certamente preferiria dar a Amazônia a Biden, Macron e Johnson.

Boff esquece que é a falta de uma centralização e efetivo controle interno sobre nosso território que permitem justamente os abusos cometidos contra a Amazônia, que os principais crimes cometidos contra os recursos "da humanidade" aqui presentes, são incentivados e financiados por aqueles em quem ele colocaria a confiança para gerir esses recursos.

Boff diz que chega ao fim a era das nações. Pelo contrário, esse momento requer, mais que antes, o exercício da soberania. Além de preso, junto com a revista que lhe deu tão desvairado palanque, Leonardo Boff deveria olhar para o Oriente Médio, a Líbia,  o Congo, ou tantos outros exemplos de "governança global" dos recursos, para ver o que nos aguarda sob a sua alienação de petismo natureba entreguista.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!  NOVA RESISTÊNCIA-NR / RICARDO XERÉM JORNALISTA 

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